OPINIÃO

A minha primeira concentração motard

Vinha esta manhã para a concentração de motas de Faro com a Philippine, a filha do Eric, e combinámos, entre gargalhadas, fingir gostar muito do ambiente que vamos viver nos próximos dias.

Leitores AdM @ 30-8-2014 19:56:00

A voluntariosa jovem parisiense, dona de um carácter tão bem disposto como o do seu progenitor, assentiu, com uma careta cómica, nesta combinação. Comentávamos que gostamos ambas de ambientes mais requintados e menos ruidosos e poeirentos, mas estabelecemos o pacto de não torcer o nariz a nada para manter o globetrotter feliz.


O Ralph abraçou-nos com a intensidade do costume. A Catarina ficou louca quando nos viu de novo. E o Luís Braga... bem, esse conheci-o hoje mas vai ficar-me no coração. Nunca antes eu ou a Philippine tínhamos estado numa concentração motard. Fazíamos ideia do que íamos encontrar, é certo, mas o conceito do que nunca antes se viveu em nada se compara com a magnitude das vivências. A extrema organização, a imensa quantidade de gente, a intensidade da música, a energia alegre e a beleza de motas que jamais sequer em revistas eu vi, tudo isto é um encantador mundo novo. Por isto e por tudo o resto, ou muito me engano ou nem eu nem ela iremos ter grande dificuldade em, mais que manter o nosso secreto pacto, adorar realmente cá estar.

Ana Amorim Dias *

* Escritora, advogada e empresária. Autora de "Olho Ubíquo", a biografia de um fotógrafo francês que deu a volta ao mundo numa Road King

https://www.facebook.com/ana.dias.507679

Nota: Esta crónica foi escrita a 17 de Julho de 2014 e enviada pela autora, para publicação, dia 26 de Agosto 2014.

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Leitores AdM @ 30-8-2014 19:56:00


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